Museu de Arte da Pampulha (MAP) - Enciclopédia Itaú Cultural
Localizado no conjunto arquitetônico da Pampulha, projetado por Oscar Niemeyer (1907-2012) entre 1942 e 1944, o Museu de Arte da Pampulha (MAP) é inaugurado em 1957 no edifício onde funciona um cassino, que, com a proibição do jogo no país em 1946, fecha suas portas. O projeto de criação de um museu de arte moderna e contemporânea em Belo Horizonte visa atualizar culturalmente a capital mineira, que nos anos 1940 e 1950 assiste à significativa expansão física e populacional. Além de novos bairros - por exemplo, a Pampulha e Cidade Jardim, zonas residenciais de elite - o período conhece a instituição da Cidade Universitária (1944/1951) e de um distrito industrial, batizado de Cidade Industrial. Do ponto de vista artístico, a experiência da Escola Guignard, dirigida por Guignard (1896-1962), funciona como um espaço catalisador da produção local e formador de gerações de artistas plásticos de renome, como Amilcar de Castro (1920-2002), Farnese de Andrade (1926-1996), Franz Weissmann (1911-2005), Mary Vieira (1927-2001), Maria Helena Andrés (1922), Mário Silésio (1913-1990), entre muitos outros. A renovação cultural na época pode ser também aferida pelos projetos arquitetônicos de Eduardo Mendes Gusmão e Sylvio Vasconcellos e pelas revistas Edifício e Arquitetura e Engenharia, que dinamizam os debates sobre urbanismo, arte e arquitetura. A modernização do teatro com João Ceschiatti, João Etienne Filho e Pontes de Paula Lima, e a criação do Centro de Estudos Cinematográficos e da Revista de Cinema são outras iniciativas que permitem aferir a temperatura artística na cidade. Em relação às artes plásticas, destaca-se a 1ª Exposição de Arte Moderna, em 1944, com a participação de artistas de várias regiões do Brasil.
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